As temperaturas baixas desta
época do ano associadas às chuvas podem causar desde infiltrações até o
aparecimento de bolor nas construções.
Frio também pode causar
danos aos imóveis. As variações de temperatura fazem com que a estrutura
contraia e dilate e surjam fissuras. Estas são caminhos para as infiltrações.
De acordo com o inspetor-chefe da regional do Conselho de Engenheiros e
Arquitetos de Curitiba (Crea-PR), Andre Fanaya, a infiltração pode causar danos
na armadura, no concreto. “Geralmente quando faz muito frio, surgem as
fissuras. Tem de ficar atento”, acrescenta.
A água pode corroer a
armadura, que, se não for impermeabilizada, começa a enferrujar, rompendo os
pontos. “A água na estrutura é perigosa, mas não adianta brigar com ela, tem de
aprender a conviver. Se ela aparece em uma parede, não adianta desmanchá-la.
Tem de ver para onde mandar esta água. Se derrubar a estrutura e construir
outra, a situação pode continuar”, afirma Fanaya.
Uma das soluções para esse
tipo de problema é a impermeabilização. Segundo o engenheiro civil da empresa
Internacional Engenharia, Magnaldo Cabral de Melo, a impermeabilização deve ser
feita em todos os locais da casa que estejam sujeitos a infiltração, como
banheiros, cozinhas e lavanderias. “O isolamento é feito direto na laje e só
depois vem o acabamento. Por isso, é ideal que se busque impermeabilizar
durante a construção”, afirma Melo. Segundo o engenheiro, o custo para se
proteger um cômodo é de, aproximadamente, R$ 60 por metro quadrado. Se o
trabalho for feito após a construção da casa, o valor pode chegar a R$ 200 o
metro quadrado.
A arquiteta Ticiana Bento
sentiu falta de impermeabilização no apartamento. Dois cômodos, o quarto e o
banheiro foram prejudicados pela infiltração. No banheiro, a falta de isolante
no box fazia com que a água fosse sugada pela parede, deixando-a totalmente
molhada. Já no quarto, não foi possível isolar a umidade pelo lado de fora, que
é o mais recomendado, e a solução foi fazer a chamada impermeabilização
invertida. “A parede não foi quebrada, mas foi lixada e passaram um produto
específico para impermeabilizar. Depois, ainda passei grafiato para deixá-la
mais grossa. Desde então não tive mais problemas no meu quarto. Mas, agora, o
quarto da minha mãe está com mofo”, relata.
Mofo
Este é outro problema que
surge com o frio e a umidade. A jornalista Caroline Diedrichs conta que, depois
de muito lutar contra o mofo, ela decidiu mudar-se. “Tentei de tudo. Vinagre,
água sanitária, bicarbonato de sódio, dissecante. Não adiantou. Desde o começo
tinha um pouco de bolor nas paredes, mas depois desta temporada de chuvas,
piorou demais. O apartamento é face sul, pega pouco sol agora no inverno e isso
colaborou para aumentar a infestação”, explica.
Outra armar para evitar a
proliferação dos fungos e bactérias, é possível utilizar uma tinta especial,
antibacteriana. De acordo com a gerente da loja Impermix Tintas, Júli Casellas,
essa tinta pode ser usada tanto em ambientes internos quanto externos. “Os
clientes têm usado mais internamente mesmo. A tinta minimiza a proliferação de
fungos, embora não os extermine. O pessoal tem procurado muito aqui em
Curitiba, principalmente quando faz muito frio e tem muita chuva”, afirma.
Outra tinta, voltada à impermeabilização, impede a infiltração e ajuda a resolver
problemas de fissuras, evitando também a proliferação de bactérias e ácaros.
Caminho certo
Não basta aquecer, é preciso
escolher a melhor fonte de calor. De acordo com o professor de Conforto
Ambiental do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná
(UFPR) Aloísio Leoni Schmid, a melhor dica para quem deseja aquecer a casa para
o inverno é escolher poucos ambientes, manter as cortinas e portas fechadas e
ali aquecer o ar. “O controle da temperatura do ar reduz a sensação de diferença
térmica e, assim, podemos nos deslocar sem perder a sensação térmica”.
O ar condicionado quente é
apontado como uma forma econômica de aquecer. “Consome 1/3 da energia dos
aquecedores elétricos”, aponta Schmid.
Segundo a diretora da Tech
House, Letícia Kaufeld, o aquecimento no piso é uma boa sugestão para quem
deseja conforto térmico sem queimar oxigênio ou prejudicar a decoração da casa,
pois o sistema fica totalmente escondido sob o revestimento. “É uma forma de
aquecimento que não prejudica a saúde, pois não resseca o ar, não emite ruídos
e não provoca sensação de sufocamento, comparado ao ar condicionado”, frisa.
Três fatores principais
motivaram o engenheiro Marcelo Hayashi a instalar o piso aquecido em casa: o
frio de Curitiba, os aquecedores a óleo que nunca aqueciam de forma eficiente e
a rinite alérgica que todos na casa possuem. “Nestes dias bem frios, a gente
tem dormido com 22º C, só um edredon para esquentar e, quando acordamos, a
toalha está seca”, relata.
Segundo ele, o custo na
conta de luz continuou o mesmo, comparado às outras formas de aquecimento que a
família utilizava. “A gente usava o aquecedor a óleo e, nos meses que ligávamos
o aquecedor, a conta era igual à atual”, aponta.
FONTE: www.secovipr.com.br
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